Artigo Site GreveManif 17 18Mar c86c4
GREVE DE 24 HORAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO DIA 17 E MANIFESTAÇÃO NACIONAL EM LISBOA NO DIA 18

A unidade e determinação dos trabalhadores, de todos os sectores de actividade, são determinantes para defender direitos e dar mais força ao combate por aumento dos salários, melhores condições de vida e de trabalho, e pela dignidade profissional de quem presta Serviços Públicos essenciais à população.

Nos dias 17 e 18 deste mês, os trabalhadores voltam a mobilizar-se, e em força, numa grande jornada de luta convergente: a Greve Nacional de 24 horas da Administração Pública (promovida pela Frente Comum, na sexta-feira) e a Manifestação Nacional em Lisboa (convocada pela CGTP-IN, no sábado).

Esta será mais uma grande ocasião em que os trabalhadores de todos os sectores, e a população em geral, demonstrarão o seu profundo descontentamento e contestação às opções políticas do governo PS que têm conduzido ao empobrecimento generalizado e agravado as condições de vida, marcadas pelo brutal aumento dos preços dos bens essenciais, da energia e das rendas/prestação da casa.

No caso concreto dos trabalhadores da Administração Pública, este será o 14.º ano em que vão perder poder de compra, sendo por isso imperioso e urgente inverter este caminho de degradação das condições de vida e de trabalho, reclamando os trabalhadores ao governo PS uma resposta urgente e positiva às exigências que constam da Proposta Reivindicativa Comum (PRC) para 2023, apresentada pela Frente Comum, mas que o executivo de António Costa insiste em ignorar, perpetuando assim o empobrecimento dos trabalhadores, pensionistas e reformados, bem como o desinvestimento nos Serviços Públicos (em meios humanos e técnicos), que a municipalização só vai agravar.

A este quadro soma-se a precariedade laboral (sobretudo entre os mais jovens), a falta de condições de trabalho dignas e de atractividade para o desempenho da nobre missão da Administração Pública.

GOVERNO “ASSOBIA PARA O LADO” PERANTE AS PROBLEMAS

As condições de vida, que se têm vindo a agravar, acentuaram-se de forma mais grave no ano passado com a escalada brutal da taxa de inflação (que registou os valores mais altos desde 1992) e dos preços dos bens essenciais e da energia, com os trabalhadores a sentirem o salário “encolher” todos os meses, enquanto estes se “tornam” cada vez maiores.

Em contraste, as principais empresas acumulam lucros obscenos de milhares de milhões de euros – só no 1.º semestre de 2022, 21 grandes grupos económicos tiveram mais de 4,2 mil milhões de euros em lucros –, acentuando-se as desigualdades sociais e económicas, assim como a exploração, fruto da especulação cada vez mais gananciosa do grande capital.

Perante esta situação, o que faz o governo PS? “Assobia para o lado”, ignorando as sérias dificuldades com que se debatem milhões de trabalhadores, pensionista e reformados, e da população em geral, sobretudo a economicamente mais desfavorecida.

Mas, o mesmo Governo que rejeita as exigências dos trabalhadores por melhores condições de vida tem os “bolsos a abarrotar”: arrecadou 52.024,7 milhões de euros em impostos em 2022, mais 14,1% que em 2021! E as recentes correcções das tabelas de retenção do IRS não repõem a justiça fiscal, continuando a penalizar os rendimentos do trabalho.

É imperioso e urgente que o governo PS tribute os lucros extraordinários de todos os sectores económicos e que fixe os preços dos bens essenciais, de forma a impedir a descontrolada especulação a que se assiste.
Existem, objectivamente, todas as condições para reverter este caminho de empobrecimento, e garantir o reforço dos direitos e das legítimas expectativas de melhores condições de vida e laborais dos trabalhadores da Administração Pública, que exigem a negociação efectiva da PRC2023!

 

MAIS SALÁRIO JÁ!
O “acordo histórico” assinado entre o governo PS e a UGT em Outubro, e as ditas “medidas de valorização salarial”, ocorridas em Janeiro, não travaram a degradação salarial. A actualização média dos salários de apenas 3,6% não repõe o poder de compra e agrava o empobrecimento dos trabalhadores da Administração Pública que, só em 2022, perderam 1 mês de salário e, desde 2009, perderam, em média, 3 salários por ano! O governo PS, que se diz “de contas certas”, tem de acertar as contas com os trabalhadores: aumentar os salários no imediato em 10%, e num mínimo de 100€ para todos; e fixar os limites máximos dos preços de bens e serviços essenciais, bem como taxar os lucros “extraordinários” das grandes empresas!

CORRIGIR A TABELA SALARIAL (TRU)
Os aumentos do Salário Mínimo Nacional (SMN), ainda que insuficientes, ao não terem repercussão na TRU, levaram à eliminação de posições remuneratórias e a compressão dos níveis/escalões, deixando muitos milhares de trabalhadores sem receber mais do que o SMN e muitos, com décadas de experiência, ganham o mesmo de quem agora entrou. É urgente acabar com esta injustiça, corrigir a TRU e respeitar a Lei, repondo as diferenças relativas entre as diferentes carreiras na Administração Pública!

REVOGAR O SIADAP
Recusando a proposta de revogação do SIADAP, o governo PS quer impor uma maquilhagem que torna pior o que já é mau: novas menções, mais competências e as mesmas quotas e pontos para progredir. É essencial revogar o SIADAP e substituí-lo por um sistema de avaliação formativo, equitativo, transparente e sem quotas, que valorize realmente os trabalhadores, potenciando o desenvolvimento e progressão profissionais e a recuperação, valorização e dignificação das carreiras profissionais e que promova a satisfação e a motivação de quem trabalha e, por conseguinte, a melhoria dos Serviços Públicos.

VALORIZAR AS CARREIRAS PROFISSIONAIS
São milhares as carreiras destruídas, as profissões desprezadas e atiradas para o “Regime Geral” por um governo do PS sem oposição do PSD, nem do CDS-PP. Esta é uma opção errada: não trouxe qualquer melhoria na realidade do trabalho, nem nas profissões e tarefas desenvolvidas pelos trabalhadores, pelo contrário, desvalorizou todo o trabalho na Administração Pública. O STAL exige a valorização das Carreiras Profissionais, como elemento essencial à valorização dos Serviços Públicos!

REFORÇAR OS SERVIÇOS PÚBLICOS
O caminho de promiscuidade entre o sector público e privado tem de ser invertido. A política de direita prosseguida pelo Partido Socialista – com o apoio claro do PSD, da Iniciativa Liberal e do Chega – impôs o desinvestimento dos Serviços Públicos, a precarização dos vínculos e o encerramento de serviços, com óbvios prejuízos para os trabalhadores e as populações. O STAL exige o fim da precariedade e a contratação imediata e com direitos; o financiamento adequado dos Serviços Públicos; e o reforço das Funções Sociais do Estado.

  MG 9497 Centrais b3448

ESTAMOS EM LUTA PARA EXIGIR:

• A imediata alteração das posições remuneratórias, a todos os trabalhadores da categoria de Assistente Operacional com 30 ou mais anos de serviço a 31 Dez. 2022, contabilizando todo o tempo de serviço;

• A regulamentação e aplicação correcta do SPI, com a inclusão do Risco; dos suplementos de Disponibilidade Permanente e de Prevenção ou Piquete;

• A reposição integral do direito à indemnização devida por motivo de acidente de trabalho e/ou doença profissional;

• O fim das políticas de empobrecimento que o governo PS continua a manter;

• A devolução da dignidade e a valorização os trabalhadores, porque existem verbas e condições financeiras para valorizar os salários;

• A fixação dos preços dos bens e serviços essenciais e a taxação dos lucros “extraordinários”;

• A valorização do trabalho e pelo reforço dos serviços públicos.

PARTICIPA E MOBILIZA. TEMOS DIREITO A VIVER COM DIGNIDADE!

Pin It
STAL comemora 50 anos em festa e em luta...
Sex., Dez. 20, 2024
Greve nos dias 26 e 27 mantém-se, porque as...
Sex., Dez. 20, 2024
Atenção
Sex., Dez. 20, 2024
Trabalhadores do sector dos resíduos...
Ter., Dez. 17, 2024
STAL reforça a luta por uma vida digna para...
Sex., Dez. 06, 2024
Trabalhadores da CM Almada, SMAS e WEMOB...
Qui., Dez. 05, 2024
Trabalhadores da Resinorte aprovam nova...
Seg., Dez. 02, 2024
29 NOV | Milhares de trabalhadores exigem...
Sex., Nov. 29, 2024
Frente Comum entrega mais de 41 mil postais...
Ter., Nov. 26, 2024
AdP | Trabalhadores exigem o aumento real...
Qui., Nov. 21, 2024
Frente comum promove concentração junto à...
Qua., Nov. 20, 2024
Trabalhadores exigem reposição do pagamento...
Ter., Nov. 19, 2024
Trabalhadores exigem aumento real dos...
Ter., Nov. 19, 2024
AdP | Trabalhadores exigem o aumento real...
Qua., Nov. 13, 2024
Tribuna Pública pela reposição do pagamento...
Ter., Nov. 12, 2024
Milhares de trabalhadores exigiram o...
Sáb., Nov. 09, 2024