ELEIÇÕES LEGISLATIVAS EM 10 DE MARÇO: O TEU VOTO DECIDE
Os trabalhadores rejeitarão, nas urnas, as políticas de direita e os partidos responsáveis pelo empobrecimento geral do Povo, decidindo por uma mudança efectiva no País, que garanta a melhoria das condições de vida, mais direitos e a valorização de quem vive do seu trabalho e pensões.
O País precisa de uma política diferente da que tem sido seguida pelos sucessivos governos do PS e PSD/CDS (com a conivência da IL e do CH), que valorize realmente os salários e os trabalhadores, em particular os da Administração Pública, nas suas diferentes áreas da Saúde à Educação, da Acção Social à Cultura, do Desporto à Limpeza Urbana, em suma, às mais variadas áreas dos Serviços Públicos, que enfrente as injustiças e as desigualdades, e conduza Portugal ao desenvolvimento e ao progresso.
Em vez de uma política orientada para garantir lucros do capital — os cinco maiores bancos obtiveram, no primeiro semestre, 11 milhões de euros de lucro por dia, e os 20 principais grupos económicos registaram lucros diários de 25 milhões de euros —, Portugal precisa de assumir o aumento dos salários e os direitos dos trabalhadores como condição e objectivo de desenvolvimento.
CUMPRIR OS VALORES DE ABRIL
Em vez de baixas reformas e pensões, é preciso garantir o direito a envelhecer com dignidade. Em vez de subordinação às imposições do Euro, é preciso reforçar os Serviços Públicos e o investimento na Saúde, na Educação, na Cultura, no Desporto, em suma, nas Funções Sociais do Estado. Em vez de garantir os interesses da grande propriedade, da banca e da especulação, é precisa assegurar o direito à Habitação para todos. Em vez de insistir nas privatizações das empresas e sectores estratégicos, é preciso recuperar o seu controlo público. Em vez de insistir na fragilização crescente do Poder Local Democrático, através da transferência (anárquica) de competências do Estado para autarquias nas áreas da Saúde, da Educação, da Habitação e da Acção Social, o nosso país precisa da criação de um verdadeiro poder regional e de um verdadeiro reforço financeiro dos municípios.
Tanto que ainda há por fazer para que Portugal cumpra os valores da Revolução de Abril, e para que os trabalhadores e o Povo tenham direito a uma vida digna.