FORTE ADESÃO DOS MOTORISTAS DE RECOLHA SELECTIVA RIBA DE AVE À GREVE DE TRÊS DIAS
O STAL denunciou hoje à Autoridade para as Condições do Trabalho o comportamento inaceitável da administração Resinorte, por violação dos serviços mínimos definidos pelo tribunal arbitral para a greve em curso, que arrancou ontem (4.ª feira) e termina amanhã (6.ª feira). A acção de luta continua a partir de sábado (dia 30), e prolonga-se até 14 de Novembro, ao trabalho suplementar.
A administração da Resinorte está a obrigar as equipas de prevenção dos serviços mínimos – criadas para acudir a situações em que sejam identificados locais que potencialmente ponham em risco a saúde pública e a salubridade do espaço público – a sair com as viaturas para recolha selectiva em locais e ecopontos sem que isso se revele necessário, encontrando ecopontos vazios ou sem necessidade de despejo e transferência.
Esta atitude é grave, e constitui uma clara e inaceitável obstrução ao direito à greve dos trabalhadores, pelo que o STAL avançou com uma participação formal junto da Unidade Local de Guimarães da Autoridade para as Condições do Trabalho, por Infracção ao cumprimento dos serviços mínimos arbitrados e fixados em tribunal arbitral de 22 de Outubro, exigindo a intervenção urgente da ACT para repor a legalidade.
A LUTA PROSSEGUE!
A forte adesão à greve de três dias (27, 28 e 29) dos motoristas da recolha selectiva do CITVRU de Riba de Ave, da Resinorte, é demonstrativa da unidade dos trabalhadores e da sua determinação em lutar por mais salário e direitos, e por melhores condições de trabalho, reivindicações que a empresa, do Grupo EGF/Mota&Engil, tem insistido em ignorar.
Os trabalhadores reivindicam, entre outros, o aumento geral de salários e a uniformização dos salários praticados no Pólo de Riba de Ave; a negociação de um Acordo Colectivo de Trabalho; a valorização das carreiras profissionais; a melhoria das condições de trabalho e o respeito pelas normas de segurança e saúde no trabalho.
Os trabalhadores contestam, ainda, o corte de dias de salário pelo exercício dos direitos sindicais, realçando-se que têm sido recorrentes as denúncias de assédio laboral na Resinorte, tendo mesmo o STAL solicitado, anteriormente, a intervenção da ACT devido a vários relatos e denúncias sobre a enorme pressão sobre trabalhadores por parte da empresa no exercício da actividade sindical.