Perante o quadro político saído das eleições legislativas, de 10 de Março – cujo resultado é mau para o País e para os trabalhadores –, os trabalhadores da Administração Local sabem que podem continuar a contar com a firmeza de sempre do STAL na defesa intransigente dos seus direitos.
Após dois anos a governar com maioria absoluta, o PS sofreu uma fortíssima quebra na sua votação, e verificou-se um reforço do espectro político de direita na Assembleia da República, cujos partidos elegeram o maior número de deputados.
Esta situação, marcada, sobretudo, pelo crescimento de forças políticas de extrema-direita, que protagonizam projectos reaccionários e fascistas, não só não resolverá os problemas dos trabalhadores nem do País, como facilita o agravamento das condições de vida do Povo, dos salários e das pensões, de aumento da exploração, de degradação dos Serviços Públicos, da privatização e tentativa de destruição das Funções Sociais do Estado em nome do negócio privado em áreas como as da saúde, educação, protecção social ou habitação, em suma, o caminho de retrocesso social, de ataque aos direitos e de favorecimento das forças do capital – os grandes grupos económicos.
O resultado obtido pela AD e, sobretudo, o negativo conseguido pelo PS, com uma perda significativa de votos e de mandatos, resulta das opções políticas da governação do PS que, nos últimos anos, com uma mão distribuiu migalhas aos trabalhadores e pensionistas e com a outra beneficiou os grandes grupos económicos. Políticas que resultaram na continuação do empobrecimento de uns e na obtenção de lucros obscenos dos outros, que gerou e gera nos trabalhadores um enorme sentimento de injustiça e dificuldades enormes para viver com dignidade. Políticas que favoreceram o discurso de mentira, demagógico e populista contra a corrupção e as injustiças, propalado pelo CH e IL, “filhos” do PSD e CDS, e das quais são tão cúmplices e responsáveis como os “pais”.
Os trabalhadores da Administração Local não esquecem os anos de 2011 a 2015, do governo do PSD/CDS, de Passos Coelho e Paulo Portas e todas as malfeitorias: cortes salariais e dos subsídios de férias e Natal, imposição das 40 horas semanais, aumento brutal de impostos, aumento do desconto para a ADSE, perda do direito à indemnização por acidente de trabalho, entre outras.
Após as eleições dos órgãos e da tomada de posse das nossas 22 Direcções Regionais e da Direcção Nacional do STAL no dia 17 de Janeiro, o STAL está em condições de se reforçar e continuar o caminho de luta pelas respostas que urgem aos trabalhadores da Administração Local e das empresas concessionárias de serviços públicos.
O STAL, com os trabalhadores e com a Frente Comum, exigirá ao novo governo resposta à PRC2024, com prioridade ao aumento imediato dos salários, que permita recuperar o poder de compra de quem trabalha. Somos um sindicato nascido de Abril! Somos luta, firmeza, resistência e liberdade!
No ano em que comemoramos 50 anos da Revolução de Abril, estaremos na rua, em todo o País, a afirmar Abril e as suas conquistas! E tal como em 1974, em Maio, reafirmamos o direito à Liberdade e ao trabalho com direitos na grande jornada de luta do 1.º de Maio, convocada pela CGTP-IN.