RESÍDUOS DO NORDESTE NÃO CUMPRE PROMESSA DE INTEGRAÇÃO EM JANEIRO
Nesta empresa intermunicipal, há quem esteja nessa condição há vários anos, vivendo na permanente incerteza quanto ao seu futuro profissional e eternamente dependente da duração dos contratos de concessão.
Os trabalhadores em regime de contrato de trabalho temporário cedidos pela empresa Multitrab à Resíduos do Nordeste (RdN) iniciaram em finais de Dezembro (prevista entre os dias 26 e 31) uma greve para exigir, fundamentalmente, a sua admissão nos quadros e a manutenção dos seus postos de trabalho, mas a mesma seria suspensa logo no primeiro dia, perante a promessa da administração de os integrar, como exigiam, aguardando, para isso, a realização de uma Assembleia-Geral (AG), a convocar para Janeiro.
O que é certo é que os meses de Janeiro e Fevereiro já lá vão, e AG nem vê-la! Desta forma – e além de terem visto as suas justas expectativas goradas –, os trabalhadores mantêm-se “perpetuamente” precários, alguns deles nessa condição há vários anos, vivendo na permanente incerteza quanto ao seu futuro profissional e eternamente dependentes da duração dos contratos de concessão.
O STAL tem procurado encontrar uma solução que ponha termo à “perpetuação” desta precariedade laboral, mas a administração da RdN vem adiando esta justa decisão há tempo de mais, o que é inadmissível.
Tal como é inaceitável que quem promove esta situação seja uma empresa cujos accionistas são as Associações de Municípios da Terra Quente Transmontana, da Terra Fria do Nordeste Transmontano e do Douro Superior (ou seja, os municípios de Alfândega da Fé, Bragança, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Torre de Moncorvo, Vila Flor, Vila Nova de Foz Côa, Vimioso e Vinhais), que se têm mostrado indiferentes face ao desrespeito pelos direitos e justas expectativas dos trabalhadores, não podendo continuar a descurar a responsabilidade social e política que têm para com as suas populações, ao permitirem o desrespeito pelos direitos e justas expectativas dos trabalhadores.
LUTAS NAS EMPRESAS
FCC Env. Portugal – Greve nos dias 26 a 28 de Dezembro, para reivindicar, entre outras matérias, o aumento dos salários e das prestações pecuniárias, do subsídio de refeição; a fixação do período de trabalho em 7 horas diárias, 35 horas semanais e 25 dias de férias; a atribuição e regulamentação de um Subsídio de Penosidade, Insalubridade e Risco; a valorização das carreiras profissionais; e a regularização das situações de vínculo precário.
Grupo Águas de Portugal – Greve de 24 horas realizada em 12 de Dezembro, com grande adesão, que condicionou muitos serviços e causou a paragem total em alguns locais de trabalho. Em causa está o aumento imediato dos salários em 120€ para todos, e 900€ de salário mínimo no grupo; a aplicação global do ACT e a sua revisão; assim como a atribuição e regulamentação dos subsídios de Insalubridade, Penosidade e Risco, e de Transporte.
Tratolixo – Greve de dois dias (9 e 10 de Dezembro) com adesão de 95% (a maior de sempre nesta empresa intermunicipal), que condicionou fortemente a recolha de resíduos sólidos nos municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra. No seguimento desta paralisação, o até então presidente do Conselho de Administração abdicou do cargo, sinal claro de que esta luta deu frutos.