DRAMA SOCIAL MOBILIZA MILHARES DE PESSOAS POR TODO O PAÍS
Em Setembro e Outubro, várias cidades voltaram a receber manifestações para exigir rendas mais baixas e o direito à habitação digna, com as pessoas terem de escolher entre pagar a renda ou comer.
Em 30 de Setembro e 21 de Outubro, milhares de pessoas saíram à rua, em mais de duas dezenas de cidades, de Norte a Sul do País, para protestar contra as políticas de habitação do governo PS, exigindo que sejam adoptadas medidas que evitem a subida de preços das casas e das rendas.
“Habitar é um direito, com Moedas nada feito”, “Querido, não tenho casa” ou “Fartos de escolher entre pagar a renda ou comer” foram algumas das palavras de ordem ouvidas nos desfiles de quem sofre “na pele” o drama da habitação, um dos principais problemas que afectam os portugueses e agrava as suas condições de vida, com os trabalhadores e pensionistas da Administração Pública – e em particular os da Administração Local – sentem-no de forma grave, dado os seus baixos salários e pensões.
As plataformas cívicas que promoveram estas iniciativas frisam que Portugal tem um “baixíssimo” índice de construção de habitação social, menos de 2% (valor que compara com os 30% da Holanda), pelo que exigem ao Governo medidas concretas para baixar as rendas e os créditos, e acabar com os despejos.
Trata-se de um drama social de grande dimensão, que afecta cada vez mais pessoas, face ao brutal aumento das prestações e das rendas, obrigando-as “a escolher entre pagar a renda ou comer”. Isto, enquanto a banca acumula 11 milhões de euros de lucros… por dia!
Os bancos portugueses são, aliás, dos que mais ganham na Europa com o aumento das taxas de juro, sendo inclusivamente aqueles em que a margem financeira (a diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos) mais subiu no 1.º semestre do ano, cerca de 45%.