EDITORIALO Orçamento do Estado para 2024 não garante, de novo, as soluções para os problemas dos trabalhadores, do Povo e do País, empurrando cada vez mais pessoas para o empobrecimento. É preciso uma política diferente, que aposte no aumento geral dos salários; promova pensões e reformas dignas; reforce os Serviços Públicos o investimento no SNS, Educação e Justiça; assegure o direito à habitação; recupere o controlo público de sectores estratégicos; e garanta a água como um bem público. Será, pois, determinante que, nas eleições anunciadas para o dia 10 de Março, os trabalhadores rejeitem as políticas de direita e os partidos responsáveis pelo empobrecimento geral do Povo, exigindo um novo rumo para o País.

O Governo prefere uma ligeira redução do IRS para 2024, ao invés de promover uma nova política de rendimentos , opta por um ajuste fiscal temporário, com o recurso pontual a prestações sociais, opções políticas que resultam, em grande parte, do acordo de rendimentos de médio prazo assinado entre o governo PS, os patrões e a UGT, deixando muito claro que a real melhoria de rendimentos é, afinal, um aumento de lucros para o grande capital, enquanto os trabalhadores da Administração Pública continuam a ganhar, em média, cerca de metade do salário dos seus congéneres europeus.

A IV Conferência Sindical do STAL, que se realizou em Corroios, em 20 de Setembro, com a presença de quase 500 quadros sindicais, decorreu em ambiente de grande unidade e aprovou as prioridades da acção reivindicativa para os próximos anos, e uma Resolução que evidencia bem que há dinheiro, o que não há é vontade política para inverter esta política. E a aprovação do “Manifesto para a Paz” traduz a nossa condenação ao agravamento dos conflitos e à estratégia de confrontação do imperialismo. Perante os crimes na Faixa de Gaza é hora de intensificar os apelos à Paz e à solidariedade, condenando agressões que apenas justificam o avanço de colonatos e inviabilizam a existência do Estado da Palestina.

Os trabalhadores das autarquias e do sector empresarial local demonstraram o seu grande descontentamento e disponibilidade para a Luta na Greve Nacional de 27 de Outubro, paralisando autarquias, serviços municipais e empresas do sector em todo o País, e nas manifestações convocadas pela CGTP-IN no dia 11 de Novembro. Perante a revolta instalada, e depois de ter encerrado as negociações com os sindicatos, o governo PS viu-se obrigado a reagendar uma reunião, continuando a luta nos dias 21 e 29 de Novembro.

No dia 6 de Dezembro realizam-se as eleições do STAL para um novo mandato de quatro anos, momento marcante do nosso Sindicato. Os associados têm o direito e o dever de fazer escolhas e assumir compromissos sobre o nosso futuro, transmitindo confiança aos trabalhadores, seus colegas, que assumem dar o melhor de si na defesa de interesses de todos nós.

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