Internet Liberdade 1f8c7
VICTOR NOGUEIRA

“O povo é quem mais ordena, dentro de ti, ó cidade!” foi a senha que abriu as portas a milhares de lutas por melhores condições de vida, lazer e trabalho, acolhidas na Constituição de 1976, rumo a uma sociedade solidária, igualitária, mais justa, sem classes.

Democratizar, descolonizar e desenvolver! Na sequência de cada vez mais alargadas Declarações dos Direitos Humanos (1), a Constituição a República Portuguesa de 1976 fixou balizas e caminhos, que não se esgotam na liberdade de falar e de votar periodicamente.

Entre os direitos alargados definidos então, estão os da Segurança e Solidariedade Sociais em todas as fases da vida, da infância à velhice, o de Habitação condigna, o de acesso a uma Educação Pública e Democrática, o da Saúde. Direitos estes de gozo universal, a todos garantidos pelo Estado e pela Administração Pública. Todos estes direitos se situam no mesmo pé de igualdade, sem prejuízo de outros não menos importantes.

A conjunção do controle pelo Estado de sectores estratégicos da economia, resultado das nacionalizações em 1975, com a dinâmica das lutas das populações e dos trabalhadores e suas organizações representativas, permitiu grandes avanços e melhorias nos indicadores socioeconómicos e na qualidade de vida em Portugal. (2)

Em 1979, p. ex., foi criado um Serviço Nacional de Saúde público, geral, universal, inicialmente gratuito, que permitiu a cobertura de todo o país, colocando-o como um dos mais avançados do Mundo. (3)

Situação que se inverteu devido a sucessivas revisões constitucionais, que alienaram a quase totalidade do sector empresarial do Estado, dando primazia não a um Estado Social, mas a um Estado entregue às leis do mercado e da ganância do lucro individual, geradores de cada vez mais profundas desigualdades sociais.

No 50.º aniversário da Revolução dos Cravos (a comemorar em 2024) é tempo de voltar a trilhar os caminhos que Abril abriu! (4)

______________________________________________________________________
(1) www.dhnet.org.br/direitos/textos/geracaodh/geracoes.html 
(2) www.novasbe.unl.pt/Portals/0/Files/Reports/SEI%202021/Relat%F3rio%20Balan%E7o%20Social_Janeiro%202022.pdf 
(3) www.journals.openedition.org/spp/5649
www.pns.dgs.pt/files/2023/02/PNS2021-2030_Saude-da-Populacao-em-Portugal.pdf  
(4) www.youtube.com/watch?v=KpFEn24TyuA 

Pin It
Trabalhadores municipais de transportes...
Ter., Fev. 11, 2025
Trabalhadores dos SMTUC concentram-se junto...
Seg., Fev. 10, 2025
STAL marca protesto nacional de todos os...
Ter., Jan. 28, 2025
2025 | O custo de vida aumenta e o povo não...
Seg., Jan. 27, 2025
X Conferência da Interjovem | STAL reforça...
Sex., Jan. 24, 2025
Trabalhadores do sector dos resíduos exigem...
Qui., Jan. 23, 2025
STAL repudia política fiscal injusta, que...
Qua., Jan. 22, 2025
Tabela Remuneratória Única de 2025 em vigor
Sex., Jan. 17, 2025
SAMORA CORREIA | Encontro Inter-Regional de...
Qui., Jan. 16, 2025
STAL promove ronda de contactos e plenários...
Qua., Jan. 15, 2025
Jovens trabalhadores exigem melhores...
Seg., Jan. 13, 2025
SIADAP justo, é o SIADAP revogado
Qui., Jan. 09, 2025
Greve ao trabalho extraordinário mantém-se...
Qua., Jan. 08, 2025
18 Janeiro | Todos juntos pela Paz
Sex., Jan. 03, 2025
“2 Dedos de Conversa” com jovens...
Qui., Dez. 26, 2024
STAL comemora 50 anos em festa e em luta...
Sex., Dez. 20, 2024