SECTOR DA LIMPEZA DA CM DE SINES
Após um prolongado processo de luta, os trabalhadores do sector da Limpeza Publica, Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos e Jardins da Câmara de Sines viram finalmente consagradas as suas reivindicações através de um acordo assinado com o STAL no dia 27 de Setembro.
Durante anos, os trabalhadores deste sector nunca souberam o que que é ter um fim-de-semana regularmente ou um horário regulado que permitisse conciliar a sua vida profissional com a pessoal e familiar.
Após uma paralisação para a realização de um plenário, em que decidiram realizar dois dias de greve, a autarquia acedeu finalmente a discutir e satisfazer as principais exigências dos trabalhadores.
Fruto da sua unidade e luta determinada em torno do STAL, estes trabalhadores conseguiram a implementação de uma escala horária, definida ao trimestre, que passa a anual em 2020, com rotatividade, e todos os direitos inerentes: jornada de trabalho de segunda a sexta-feira, 2 dias de descanso semanal consecutivos, subsídio de turno no serviço de RSU, que representa mais 15% do salário base para cada trabalhador, entre outras medidas que entraram em vigor neste mês de Outubro.
Como salienta a Comissão Sindical do STAL em comunicado, «esta experiência revela-nos que, mesmo quando tudo parece difícil, ou nos reprimem, ou nos querem fazer hesitar, nós conseguimos com determinação, unidos e em luta organizada em torno do nosso sindicato, o STAL, alcançar os nossos objectivos».
A estrutura sindical sublinha a «necessidade de dar mais força à acção reivindicativa comum – desde logo pelo aumento real dos salários, tendo por base a reivindicação da CGTP-IN de 850 euros no salário mínimo nacional (SMN) a curto prazo, o aumento de 90 euros mensais para todos os salários, a reposição das carreiras e dos seus conteúdos profissionais, a revogação do SIADAP – e intensificar a luta contra uma legislação laboral que elege os trabalhadores como as vítimas de uma política que promove o retrocesso laboral e social».
Tal luta, conclui a Comissão Sindical «deve ser levada ao voto no próximo dia 6 de Outubro, contra a política laboral de direita, pela valorização do trabalho e dos trabalhadores, pela afirmação dos valores e conquistas de Abril, por uma política de esquerda e soberana, por um Portugal de progresso e justiça social».