GREVES, MARCHAS, MANIFESTAÇÕES E CONCENTRAÇÕES
A Luta – que na Administração Pública obrigou o governo PS a avançar com o aumento intercalar, que ainda assim não repôs o poder de compra perdido desde 2009 –, Luta que é determinante para reverter esta política, que desvaloriza o trabalho e os trabalhadores, e coloca compromete o desenvolvimento do País.
Em 28 de Junho, no Dia Nacional de Luta – tal como sucedeu em 18 de Março, na Manifestação Nacional “Todos a Lisboa” (promovida pela CGTP-IN) –, multiplicaram-se as vozes da indignação, protesto e reivindicação, assim como a forte mobilização e participação nas diversas acções que se realizaram por todo o País e em diferentes sectores.
Com o lema “Aumentar salários, garantir direitos”, vários milhares protestaram contra o aumento do custo de vida e reivindicaram o direito à Saúde e à Habitação, exigindo ao governo PS respostas concretas aos seus problemas e políticas que garantam a distribuição justa da riqueza, que respeite e valorize o trabalho e os trabalhadores, que defenda e reforce os Serviços Públicos e as Funções Sociais do Estado.
Os trabalhadores exigiram, mais uma vez, o urgente aumento dos salários, o controle e redução dos preços de bens e serviços essenciais, e a taxação dos lucros dos grandes grupos económicos.
Daí que, desde o arranque do ano, se tenha intensificado a exigência de alteração do rumo das políticas do governo PS, que empurram os trabalhadores para a pobreza – nomeadamente os trabalhadores da Administração Pública, e da Administração Local em particular –, e tenha crescido o protesto pela ausência de respostas às justas reivindicações de quem vê, todos os meses, os seus salários e pensões “minguarem”.
GREVE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A greve de 24 horas na Administração Pública em 17 de Março registou uma forte adesão em todos os sectores (com destaque na Administração Local), demonstrativo do profundo descontentamento dos trabalhadores contra o empobrecimento, tendo sido reafirmada a urgência do aumento salarial, da valorização das carreiras e da revogação do SIADAP, entre outras matérias.
O ano de 2023 é o 14.º em que o poder de compra dos trabalhadores da Administração Pública se degrada, respondendo o governo PS – com os “bolsos cheios” da receita fiscal que, em 2022, atingiu os 58.542 milhões de euros – às dificuldades dos trabalhadores com um “aumento” dos salários de 3,6% (em média) – mas 1% do intercalar, em Abril –, quando a inflação em 2022 fixou-se em 7,8%, estimando o Banco de Portugal 5,2% para 2023, e um crescimento da economia de 2,7%.
A política de direita do governo PS – com a conivência do PSD, da Iniciativa Liberal e do Chega – agrava o empobrecimento dos trabalhadores, que em 2022 perderam o equivalente a um salário, e três desde 2009!
ABRIL E MAIO DE LUTA!
As comemorações do 49.º aniversário da Revolução dos Cravos e do 1.º de Maio trouxeram para as ruas a indignação do Povo e dos trabalhadores, em particular, contra o elevado custo de vida e os riscos que a democracia enfrenta. Um pouco por todo o País, com destaque para as tradicionais acções em Lisboa (na Av. Liberdade e na Alameda), milhares de participantes reafirmaram que defender Abril e Maio é combater a pobreza e lutar pelo direito a uma vida digna; é defender e valorizar os Serviços Públicos e as Funções Sociais do Estado, bem como a paz e a liberdade sindical, um direito constitucional que, nos últimos tempos, tem sido atacado em vários locais de trabalho, por autarcas com atitudes retrógradas e saudosistas, que o STAL repudia e tem denunciado.
Em 2024, a Revolução de Abril assinala 50 anos, mas assistimos a tentativas de retrocesso das suas principais conquistas, dos direitos alcançados e do caminho trilhado em 25 de Abril de 1974, cujos valores continuam a ser um guia para a construção de um Portugal mais justo, fraterno e solidário, mais livre, democrático e desenvolvido.